Um dos quatro pares de lobos no córtex cerebral, regiões que mais demonstram diferenças se comparadas aos cérebros de nossos antepassados. Embora os lobos frontais tenham funções ainda pouco conhecidas, sabemos que muitas das habilidades humanas mais complexas, como planejamento de ações sequenciais, comportamentos sociais, a espontaneidade, a memória, a linguagem, a iniciação, julgamento e questões emocionais são tratadas por essa região.
“Entre as diversas funções dos lobos frontais estão a plasticidade do pensamento, a capacidade de julgamento, a habilidade de produzir ideias diferentes, a organização da informação, a capacidade de dar respostas adequadas aos estímulos, de estabelecer e trocar estratégias e de planejar uma ação” (COSTA, et al. 2004)
Depressão: no que diz respeito aos lobos frontais, verifica-se que em geral o lóbulo direito (bem como a amígdala até certo ponto) está associado com emoções negativas, tais como depressão e ansiedade, e o lóbulo esquerdo está associado com emoções positivas, como felicidade, entusiasmo.
Fonte: Goleman, 2004.
As pessoas que têm depressão combinada com intensa ansiedade têm o mais alto nível de atividade no lobo pré-frontal direito (GOLEMAN, 2004).
A partir de estudos recentes utilizando as técnicas de neuroimagem, observa-se a existência de um componente neurológico para depressão, particularmente relacionado aos lobos frontais e a atividade nas amídalas (IRWIN, et al. 2004).
Para Menkes et al. (1999) a depressão pode ser significativamente diminuída pela estimulação electrica do lobo frontal esquerdo.
De acordo com Goleman (2004) a atividade sobre o lado esquerdo do cérebro suprime a atividade sobre o lado direito.
Segundo Newberg (1995), em numerosos estudos foi indicado que o córtex pré-frontal esquerdo, o hipocampo e as amídalas associadas a ele, mostraram aumento da atividade durante a meditação
Davidson (2003) fez anos de extensa pesquisa nas áreas correlatas a neurociência e meditação envolvendo a investigação em 25 indivíduos que eram testado antes e imediatamente após um programa de meditação de oito semanas, em seguida, novamente testados quatro meses após o programa. Como resultado, verificou que os praticantes de meditação tinham aumentado significativamente a atividade no lobo frontal esquerdo, quando comparados com os não praticantes de meditação (grupo controle).
Considerando que a meditação afeta tanto os lobos frontais quanto a amígdala, e que parece transferir, em parte, a atividade do córtex pré-frontal direito para o esquerdo, é perfeitamente lógico inferir que ela afete os sintomas de depressão.
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As amídalas e as emoções relacionadas ao medo têm atraído o crescente interesse dos pesquisadores. As amídalas, pequenas estruturas em forma de amêndoa, situada dentro da região antero-inferior do lobo temporal, se interconecta com o hipocampo, os núcleos septais, a área pré-frontal e o núcleo dorso-medial do tálamo. Essas conexões possuem um papel importantíssimo no desempenho de mediações e controle das atividades emocionais de ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e na agressividade. As amídalas também são fundamentais em situações onde o indivíduo corre algum tipo de perigo, gerando medo e ansiedade, disparando a atitude de enfrentamento ou fuga. A lesão das amídalas faz, entre outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como à visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo, mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão.
Devido capacidade de associar memórias, dor e medo nas amídalas, podemos ter situações devastadoras para o nosso estado emocional. De acordo com Davidson (2003), quando somos expostos a situações que exigem destas áreas, aqueles que retornam ao estado basal mais rapidamente e demonstram menos atividade nas amídalas e mais atividade no córtex pré-frontal esquerdo ficam menos sujeitos a avaliar a experiência como traumática ou impactante, são pessoas com uma melhor capacidade para processar o evento.
Para Goleman (2004) ficam os indícios de que nosso cérebro parece se moldar a partir de nossas experiências, evidenciando nossa neuroplasticidade. A amídala é mais ativa quando alguém está deprimido, ansioso ou tem síndrome de estresse pós-traumático. O córtex frontal inibe a atividade da amídala buscando o equilíbrio, caracterizada pelo autor como o seqüestro das amídalas em seu livro Inteligência Emocional.
“A amídala normal tem muitos receptores para substâncias opióides e, quando chegam a ela funcionam como antagonistas produzindo uma redução na percepção do medo” (AUSTIN, 1999, p. 177).
“Temos muitos receptores para ambos os opióides e canabióides em nosso cérebro, mas ainda não se sabe ao certo quais os neurotransmissores endógenos aptos a recebê-los” (BEAR; CONNORS; PARADISO, 2001, p. 138, 148).
Com base nos resultados das experiências de meditação estudadas até agora, podemos aferir que a prática meditação estimula a produção ou a libertação de nossos próprios opióides, endógenos, que têm o mesmo efeito que também conseguem anular a resposta de medo das amídalas. Considerando que alguns distúrbios psíquicos estão relacionados a traumas que envolvem a nossa percepção de segurança, pensar que a habilidade de lidar com o medo se vê melhorada, permite dizer que a pratica meditativa auxilia, mais uma vez, nos processos psicoterápicos.
Tem funções relativas à memória de curto prazo, entre muitas outras funções. Existem indícios de que os altos níveis de cortisol matam células do hipocampo, algo muito presente nos quadros de síndrome do estresse pós-traumático e depressão, embora não seja absolutamente certo se o estresse emocional ou o reduzido volume do hipocampo vem em primeiro lugar.
Para Infante et al. (2001) a meditação parece ajudar o corpo a manter um nível mais baixo de cortisol.
“Protegendo nossas memórias de curto prazo, o que pode ser altamente vantajoso à medida que envelhecemos” (GOLEMAN, 2004, p. 179).
O córtex parietal está associado à consciência de si, bem como a nossa percepção de tempo e espaço (NEWBERG, 2004).
Para Newberg (2001) descobriu, em um estudo com monges, que durante a meditação, o córtex pré-frontal esteve extremamente ativo, mas que os lóbulos parietais se mostraram mais inativos.
Kaul (2004), em um estudo com monges budistas tibetanos verificou que o córtex pré-frontal mostrou-se extremamente ativo, e um córtex parietal suprimido, durante a meditação.
Sob este aspecto, as experiências meditativas narradas por praticantes que envolvem uma dissolução do senso de individualidade, da sensação de tempo e espaço parecem bastante lógicas.
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