Ashoka: A Sublime Dádiva da Mãe Natureza no Ayurveda
No coração do ensinamento Ayurvédico, encontra-se uma miríade de plantas sagradas, e entre elas escolhemos hoje decantar um hino para a majestosa Ashoka – सरच अशॊच ( Saraca asoca). Originária do Subcontinente Indiano, essa árvore venerada traz em seu cerne as chaves para uma saúde equilibrada e um espírito vigoroso.
Aspectos básicos da Ashoka no Sapta Pādartha Vijnāna
- Rasa: A Ashoka pertence à categoria do ‘Madhura’ ou doce, possuindo a capacidade de nutrir o corpo e a mente.
- Virya: Seu ‘virya’ é considerado ‘Sheeta’ ou de natureza fria. Possui propriedades refrescantes que ajudam a equilibrar pitta (fogo & água).
- Vipāka: O ‘Vipāka’ da Ashoka é ‘Kashaya’ (adstrigente) que ajuda a regular o Kapha (terra & água).
Indicações, Contraindicações e Aspectos de Segurança
A Ashoka é indicada nos textos clássicos como um remédio poderoso para desequilíbrios femininos, tais como desordens menstruais e distúrbios associados à menopausa. Além disso, devido à sua natureza refrescante e calmante, tradicionalmente é usado para aliviar condições associadas ao excesso de calor no corpo, como febres e infecções.
Em contrapartida, devido à sua potência fria, é aconselhável evitar o uso de Ashoka em condições de frio e resfriado e também evitar o consumo excessivo desta planta, pois pode causar desconforto gástrico.
Como todas as substâncias, ela deve ser usada com sabedoria e consciência, e sempre sob o acompanhamento de um especialista Ayurvédico qualificado.
Administração da Ashoka e seu uso em várias formulas
A Ashoka pode ser encontrada em vários formatos para administração interna: cápsulas, pós (churna) e tinturas. No geral, uma dose típica se situa entre 1-2 gramas da erva em pó ou 1-2 cápsulas duas vezes ao dia, podendo variar conforme orientação de um profissional de saúde Ayurvédico.
Outra abordagem comum da Ashoka é a combinação com outras plantas medicinais ayurvédicas, onde amplia-se os efeitos das propriedades curativas. Ashoka é comumente encontrada em fórmulas combinadas com Amalaki (Emblica officinalis), Shatavari (Asparagus racemosus), e Guduchi (Tinospora cordifolia).
Deixemos que a bênção da Ashoka nos guie para a virtude e o dharma, como fazem as melhores plantas medicinais.